29/04/2008 - 12h35
EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Dinheiro
Apesar do aumento das taxas de juros no primeiro trimestre do ano, o volume de crédito bancário atingiu o maior patamar desde janeiro de 1995.
Segundo a pesquisa mensal de juros e crédito do Banco Central, o volume de financiamentos subiu 31,1% nos últimos 12 meses e alcançou R$ 992,7 bilhões. Esse valor corresponde a 35,9% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 35% em fevereiro.
O aumento do volume de crédito foi puxado pelos empréstimos à indústria (com destaque para petroquímica, alimentos, veículos e agronegócio), que cresceram 38%, e para as pessoas físicas (33,8%).
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, destacou que, apesar do aumento dos juros e do crédito no trimestre, a inadimplência se manteve em queda, atingindo o menor nível desde outubro de 2005 (4,1% em março).
"É um crescimento bastante forte que se dá de forma generalizada em todas as modalidades de crédito, num quadro de inadimplência em queda", diz Lopes.
Dados parciais do BC até o dia 15 abril mostram que o crescimento do crédito se manteve. Houve aumento de 2,2% no total (1,3% para pessoa física e 2,9% para pessoa jurídica).
"Essa trajetória para os primeiros dias de abril permanece, talvez não com tanta intensidade", diz Lopes.
Fonte: Folha Dinheiro
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Um comentário:
Esta notícia sobre a expansão do crédito mesmo com a elevação dos juros é interessante porque vai na linha do que discutimos em aula: a alta dos juros segurará o investimento, mas não o consumo, o que pode levar a um desequilíbrio na relação oferta/demanda e aí sim poderá haver inflação.
Pergunta: será que não é isso mesmo o que se quer, para se manter a taxa de juros alta?
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