sexta-feira, 25 de abril de 2008

Lucro da Vale cai 55,8% no trimestre e atinge R$ 2,253 bilhões

A Companhia Vale do Rio Doce anunciou lucro líquido de R$ 2,253 bilhões no primeiro trimestre, um resultado 55,8% inferior ao resultado registrado em idêntico período de 2007. O número frustra expectativas de alguns analistas do setor financeiro, que projetavam ganhos em torno de R$ 4,5 bilhões para a gigante do setor de mineração.

A receita bruta da Vale totalizou R$ 14,549 bilhões, um decréscimo de 12,5% sobre o primeiro trimestre do ano passado. O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 6,431 bilhões, um número 25,7% inferior ao registrado no balanço dos primeiros três meses de 2007.

O faturamento da Vale teve impacto principalmente da desvalorização da moeda americana. No balanço, a Vale estima um impacto de R$ 1,840 bilhões devido à variação cambial. Também concorreu para a queda na receita a variação no preços do metais, que teve um impacto negativo de R$ 793 milhões, segundo a contabilidade da empresa.

A variação cambial e monetária também teve forte influência no lado financeiro nos resultados da Vale. O chamado resultado financeiro líquido foi negativo (despesas financeiras superiores a receitas) em R$ 2,056 bilhões, quase dez vezes o resultado negativo contabilizado no primeiro trimestre do ano passado.

Níquel e alumínio

No balanço, a diretoria da Vale também chama a atenção para o desempenho negativo das vendas de níquel e alumínio. O segmento de minerais não-ferrosos (que inclui níquel, cobre, alumínio entre outros) responde por 40,6% da geração de caixa.

A receita com o níquel somou R$ 3,27 bilhões, um número 45,1% inferior ao contabilizado no balanço do ano passado. A empresa justifica a cifra por uma queda (29%) no preço médio do mineral, bem como à redução de 7% no volume vendido.

Outro mineral com desempenho negativo foi o alumínio. A empresa apurou uma receita de R$ 629 milhões, que é R$ 207 milhões menor que o primeiro trimestre do ano passado, também pelo efeito do preço médio menor.

A receita com os minerais ferrosos (minério de ferro, pelotas, manganês), por sua vez, somou R$ 7,260 bilhões, um crescimento de 6,6%.

24/04/2008 - 18h56

Fonte: Folha Online (http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u395419.shtml)

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