domingo, 1 de julho de 2007
O que diz Vanessa
Antes de me dar conta que tinha essa idéia, pensava em jornalismo. Achava que por escrever bem era a opção lógica de carreira a seguir. (Afinal, ser escritora no Brasil não tem lá grande futuro). Com o passar do tempo, vi que não escrevia tão bem, que tinha algumas dificuldades intransponíveis de me expressar, que jornalismo não é só escrever bem. O que então me motivou a continuar com essa idéia? Não sei. Posso dizer que jornalismo seria um hobby se não fosse carreira. Hobby levado a sério. E talvez seja por esse descomprometimento sério que eu continue acreditando que estou certa nessa minha incerteza. Não possuo mil cabeças e duas mil pernas e braços para tentar mudar um pouquinho do mundo, mas talvez fazendo o que eu gosto de fazer, possa alterar minimamente o que eu vejo de errado. Talvez uma mudança minúscula mas, ainda sim, uma mudança.
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Um comentário:
Eu odeio Jornalismo...faço pra ganhar sobreviver mais do que sobreviveria se fosse escritor...
Ser por completo gauche é péssimo. Ser crítico demais é exagero - e todo exagero é malígno. Tocar na ferida, caçar aspas, formar opinião, brincar com a ""verdade"" - cuidado! -, ditar as regras, comportamentos e modas...diga-me: eu sirvo pra tudo isso? Não posso "sem armas, revoltar-me?", não posso mudar o mundo - uma "mudança minúscula" - criando a minha beleza e exibí-la aos que não a viram ainda o que beleza é?, não posso agir ao invés de falar? ou ao invés de tercerizar?, porque o jornalista fala se não consegue nem se ouvir?
Diga-me: ser jornalista não é ser um pouco ditador?!
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