Por Tatiane Cristina Ribeiro (n° usp 5903034)
Bernardo Kuscinki demonstrou sua relação de amor e ódio com o jornalismo em palestra eloqüente
Amar o jornalismo não parece ser muito difícil. Mas só parece. Uma profissão com tantos nuances e tantos “debaixo dos panos” faz com que muitos desistam e muitos acabem por se render ao sistema. Esse é o diagnóstico de Bernardo Kucinski, jornalista e ex-professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP). Apesar de parecer um daqueles que cansou do sistema, ele demonstra que lutar contra ele é ser um bom jornalista.
Falando sempre sobre a importância da profissão para o mundo atual, ele contou histórias sobre a sua jornada pelo mundo jornalístico, apresentando sempre um discurso de dignidade e abertura na profissão. Para Kucinski, um jornalista não deve usar as informações que tem como trunfos e guardá-los, mas sim exercer seu dever: o de informar.
Ao falar de jornalismo econômico, ele lançou duras críticas ao modelo atual, acusando os jornais econômicos de serem usados apenas para disseminar ideologias, sem informar as verdadeiras mazelas da economia mundial. Feitos diretamente para as classes dominantes, jornais como DCI e Gazeta Mercantil só repetem aquilo que os detentores da renda no país já dizem, e camuflando políticas que podem prejudicar o país.
Sempre dando dicas aos estudantes que o ouviam, Kucinski mostrou que ser contra a situação atual não é apenas reclamar todos os dias do que lemos nos jornais, mas sim lutar por um jornalismo justo, sincero e que inclua toda a população. Nunca camuflando, mas mostrando a verdade, doa a quem doer.
Um comentário:
o Prêmio Luís Santoro de Divulgação Picaretística vai para............ TATIANE CRISTINA!
com méritos, diga-se de passagem =)
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